sábado, 15 de janeiro de 2011

- Liturgia

A palavra liturgia (do grego λειτουργία, "serviço" ou "trabalho público") compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular; pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado (como a Missa Católica) ou uma atividade diária como as salats muçulmanas[1]
A liturgia é considerada por várias denominações cristãs, nomeadamente o Catolicismo, a Igreja Ortodoxa e alguns ramos (Igrejas Altas) do Anglicanismo e do Luteranismo, como um ofício ou serviço indispensável e obrigatório. Isto porque estas Igrejas cristãs prestam essencialmente o seu culto de adoração a Deus (a latria) através da liturgia. Para elas, a liturgia tornou-se, em suma, no seu culto oficial e público.

                                    
                                    




                                     André Brandalise, da Comunidade Shalom - Curitiba


Não é de hoje que o Papa Bento XVI exorta a todos a mais correta vivência litúrgica, e não porque “tem que seguir as normas”, mas porque a correta aplicação das normas litúrgicas representa o devido zelo ao sagrado (que muito se perdeu nos dias de hoje) e um maior aprofundamento na vivência dos mistérios litúrgicos. 
É importante lembrar que a liturgia é uma só, existe apenas a liturgia da Igreja Católica Apostólica Romana. Qualquer acréscimo realizado não significa que se trata de liturgia própria desta ou aquela expressão dentro da Igreja. Não é a liturgia que deve se adaptar aos fiéis, mas os fiéis que devem se adaptar à liturgia. E já vi algumas vezes a inversão dos valores. 
E diante disso, temos uma situação que já ouvi muito: “a lei mata”. Essa é uma das frases mais ridículas que já ouvi, e que muitos gostam de usar para não cumprir as normas litúrgicas. 
Como advogado lido com leis e aprendi desde a faculdade que cada norma somente pode ser feita pela pessoa competente e por determinada situação. No caso das normas litúrgicas, estas foram criadas pelas pessoas competentes dentro da Igreja e buscam a melhor e mais correta vivência da liturgia. Diversos documentos da Igreja e pronunciamentos dos Santos Padres (inclusive o Papa Bento XVI) reforçam esta vivência mais correta da liturgia, o que mantêm a validade de cada letra nas normas litúrgicas. 
Há quem olhe a liturgia como uma seqüência de atos e que a norma não passa de um regulamento. Mas quem decide reconhecer a norma litúrgica como fruto da vontade divina para a melhor vivência dos mistérios litúrgicos, vê que ela é de enorme importância para a vida da e na Igreja. Dentro da importância da celebração litúrgica, de forma especial a celebração eucarística, a Santa Sé já nos deixou claro:
Mas a liturgia é o cume para o qual tende toda a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de que promana sua força. Os trabalhos apostólicos visam a que todos, como filhos de Deus, pela fé e pelo batismo, se reúnam para louvar a Deus na Igreja, participar do sacrifício e da ceia do Senhor.
(Constituição sobre a sagrada liturgia Sacrosanctum Concilium, 10). 
Assim, dizer que “a lei mata” é (para mim) ridículo, pois é praticamente retirar a competência de quem escreveu e a validade da norma.
Tanto se luta contra a relativização na sociedade atual (luta justíssima), mas se vê que MUITOS comentem erro semelhante dentro da Igreja ao se relativizar a norma litúrgica. Persistir nesta relativização da norma litúrgica para adequá-la ao que é mais conveniente, representa bem o que se passa no coração da pessoa. 
SER católico é ADERIR VERDADEIRAMENTE ao que nos diz a Santa Igreja (que é MÃE e MESTRA), INCLUSIVE ÀS NORMAS LITÚRGICAS! 
DIZER-SE católico é ADERIR EM PARTE, só no que convém e relativizando o que diz a Igreja para que se sinta mais confortável de acordo com os seus achismos.

Objetos litúrgicos católicos

Altar: Mesa onde se realiza a ceia Eucarística; ela representa o próprio Jesus na Liturgia.
Cálice: Taça onde se coloca o vinho que vai ser consagrado.
Patena: Prato onde é colocada a Hóstia Grande que será consagrada e apresentada aos fiéis. Acompanha o estilo do cálice, pois é complemento.
Corporal: Pano quadrangular de linho com uma cruz no centro; sobre ele é colocado o cálice, a patena e a âmbula para a consagração.
Pala: Cobertura quadrangular para o cálice.
Galhetas: Recipientes onde se coloca a água e o vinho para serem usados na Celebração Eucarística.
Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra a Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor.
Lecionário: Livros que contém as leituras da Missa. Lecionário ferial (leituras da semana); lecionário santoral (leitura dos santos), lecionário dominical (leituras do Domingo).
Manustérgio: Toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do ato litúrgico.
Missal: Livro que contém o ritual da missa, menos as leituras.
Ostensório ou Custódia: Objeto utilizado para expor o Santíssimo, ou para levá-lo em procissão.
Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para pessoas impossibilitadas de ir a missa.
Ambão: Estante onde é proclamada a Palavra de Deus. Simboliza o sepulcro vazio de Cristo, de onde parte a Boa-nova da Ressurreição.
Incenso: Resina de aroma suave. Produz uma fumaça que sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações à Deus.
Naveta: Objeto utilizado para se colocar o incenso, antes de queimá-lo no turíbulo.
Turíbulo: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.
Alfaias: Designam todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo, os paramentos litúrgicos.
Aliança: Anel utilizado pelos noivos para significar seu compromisso de amor selado no matrimônio.
Andor: Suporte de madeira, enfeitado com flores. Utilizados para levar as imagens dos santos nas procissões.
Aspersório: Utilizado para aspergir o povo com água-benta. Também conhecido pelos nomes de aspergil ou asperges.
Bacia: Usada com o jarro para as purificações litúrgicas.
Báculo: Bastão utilizado pelos bispos. Significa que ele representa os apóstolos pastores.
Batistério: O mesmo que pia batismal. É onde acontecem os batismos.
Bursa ou bolsa: Bolsa quadrangular para colocar o corporal.
Caldeirinha: Vasilha de água-benta.
Campainha: Sininhos tocados pelo acólito(ou coroinha) no momento da consagração.
Castiçais: Suportes para as velas.
Sédia: Cadeira no centro do presbitério, usada pelo celebrante, que manifesta a função de presidir o culto. Também denominada de cátedra
Círio Pascal: Uma vela grande onde se pode ler ALFA e ÔMEGA (Cristo: começo e fim) e o ano em curso. Tem grãos de incenso que representam as cinco chagas de Cristo. Usado na Vigília Pascal, durante o Tempo Pascal, e durante o ano nos batismos. Simboliza o Cristo, luz do mundo.
Âmbula: recipiente onde se guarda o Corpo de Cristo.
Colherzinha: Usada para colocar a gota de água no vinho e para colocar o incenso no turíbulo.
Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário.
Credência: Mesinha ao lado do altar, utilizada para colocar os objetos do culto.
Cruz Processional: Cruz com um cabo maior utilizada nas procissões.
Cruz Peitoral: Crucifixo dos bispos.
Esculturas ou imagens: Existem nas Igrejas desde os primeiros séculos. Sua única finalidade litúrgica é ajudar a mergulhar nos mistérios da vida de Cristo. O mesmo se pode dizer com relação às pinturas.
Genuflexório: Faz parte dos bancos da Igreja. Sua única finalidade é ajudar o povo na hora de ajoelhar-se.
Partícula: Pão Eucarístico.
Hóstia Magna: É utilizada pelo celebrante. A palavra significa "vítima que será sacrificada". É maior apenas por uma questão de prática. Para que todos possam vê-la na hora da elevação, após a consagração.
Jarro: Usado durante a purificação.
Lamparina: É a lâmpada do Santíssimo.
Lavatório: Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da celebração.
Livros Litúrgicos: Todos os livros que auxiliam na liturgia: lecionário, missal, rituais, pontifical, gradual, antifonal.
Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a hóstia grande dentro do ostensório.
Matraca: Instrumento do madeira que produz um barulho surdo. Substitui os sinos durante a semana santa.
Piscina: antigo nome da pia da sacristia.
Píxide: O mesmo que cibório.
Pratinho: Recipiente que sustenta as galhetas.
Sanguíneo: pano retangular que srve para a purificação dos vasos sagrados (cálice, patena e âmbulas).
Relicário: Onde são guardados as relíquias dos santos.
Sacrário: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a celebração. Também é conhecida como TABERNÁCULO.
Santa Reserva: Eucaristia guardada no Sacrário.
Tabernáculo: O mesmo que Sacrário.
Véu do Cálice: Pano utilizado para cobrir o cálice.




 Cores litúrgicas católicas

O altar, o tabernáculo, o ambão, a estola e a casula usadas pelo sacerdote combinam todos com uma mesma cor, que varia ao longo do ano litúrgico. Na verdade, a cor usada num certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário litúrgico, fica estabelecida uma determinada cor (a excepção vai para as igrejas que celebram naquele determinado dia o seu santo padroeiro).
Desta forma, concluiu-se que as diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam manifestar externamente o caráter dos Mistérios celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico. Manifesta também a unidade da Igreja. No início havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que tomou assim, caráter universal. As cores litúrgicas são seis:
Branco
- Usado na Páscoa, no Natal, nas Festas do Senhor, nas Festas da Virgem Maria e dos Santos, excepto dos mártires. Simboliza alegria, ressurreição, vitória e pureza. Sempre é usado em missas festivas.
Vermelho
- Lembra o fogo do Espírito Santo. Por isso é a cor de Pentecostes. Lembra também o sangue. É a cor dos mártires e da sexta-feira da Paixão e do Domingo de Ramos. Usado nas missas de Crisma, celebradas normalmente no dia dos Pentecostes, e de mártires.
Verde
- Usa-se nos domingos normais e dias da semana do Tempo Comum. Está ligado ao crescimento, à esperança.
Roxo
- Usado no Advento. Na Quaresma também se usa, a par de uma variante, o violeta. É símbolo da penitência, da serenidade e de preparação, por lembrar a noite. Também pode ser usado nas missas dos Fiéis Defuntos e na celebração da penitência.
Rosa
- O rosa pode ser usado no 3º domingo do Advento (Gaudete) e 4º domingo da Quaresma (Laetare). Simboliza uma breve pausa, um certo alívio no rigor da penitência da Quaresma e na preparação do Advento.
Preto
- Representa o luto da Igreja. Usa-se na celebração do Dia dos Fiéis Defuntos e nas missas dos Fiéis Defuntos.



FONTES: 
 - BLOG SHALOM - CARMADÉLIO

 - Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liturgia

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